segunda-feira, 27 de abril de 2009

POR UMA CULTURA DE PAZ



“Boa noite!” Assim começa, de segunda a sábado, o noticiário de TV de maior audiência no país, o Jornal Nacional, da Rede Globo. Na seqüência, o simpático casal de jornalistas, William Bonner e Fátima Bernardes, se alterna no anúncio das manchetes do dia. Não há surpresas...

“Bala perdida mata criança no Rio de Janeiro. 
Mais um escândalo no Congresso Nacional.
Atentado na Índia mata 40 pessoas.
Acidente espetacular na Formula 1.
Crise derruba o PIB.
Empresas demitem milhares de funcionários.
MST invade fazendas no interior de São Paulo.
Cresce o número de mortos em acidentes nas estradas.”

E pra amenizar um pouco e nos preparar para as emoções da novela das oito, que começa às nove:

“Fenômeno faz gol no último minuto...”

No sofá, acuado, o telespectador se pergunta: o que pode haver de bom nesta noite, neste dia, neste país, neste mundo? Inseguro, assustado, por via das dúvidas vai até as portas e janelas e confere a tetra chave, a tranca, o alarme. O alarme...

Vivemos, literalmente, alarmados. O som irritante de buzinas e sirenes já se incorporou ao nosso dia a dia. Ninguém mais liga. Ou quase. O alarme é estridente, mas o resultado é silencioso...

Na surdina, cresce entre nós uma cultura de violência, medo e morte. Tão forte que se apropria do nosso medo, o pasteuriza, industrializa e transforma em mercadoria e diversão.

A indústria que “vende segurança” é uma das que mais cresce. Desde o ferrolho na porta, o motoqueiro, versão pirata de polícia, que passa na madrugada com sua buzina subliminar pontuando nosso sobressaltado sono de medos e presságios, até os sofisticados aparelhos eletrônicos de vigilância, vivemos essa paranóia angustiante e sufocante.

Mas o mercado, no seu frenesi de consumo, ‘capitaliza’ também a paranóia e a transforma em faturamento e lucro. Nas telas da TV e do Cinema o medo garante audiência e bilheteria em filmes e programas que seduzem pela banalização da violência em efeitos especiais de última geração. Sem falar nos joguinhos eletrônicos onde o sangue explode na tela do computador e escorre pelos olhos anestesiados, insensibilizados e idiotizados das nossas crianças, adolescentes e jovens.

Exagero? Terrorismo? Conversa de adulto chato?

Prefiro dizer que é um convite a VER, JULGAR e AGIR. Como propõe a Campanha da Fraternidade deste ano, através do tema “Fraternidade Segurança Pública”, com o lema “A Paz é fruto da Justiça”.

E a proposta da Campanha vai além do Tempo da Quaresma. O desafio não termina. Continua presente, pedindo nossa reflexão. E ela começa por um exercício de memória.

Outro dia ouvi um deputado, num discurso, dizer que precisamos “tirar as crianças da rua”. Tudo bem, a intenção é ótima, melhor que o discurso e muito melhor que a prática que fica, muitas vezes reduzida apenas às palavras. Mas não consigo deixar de pensar... 

Fui moleque de rua, num tempo em que ser moleque e estar na rua, brincando com os amigos, era a coisa mais saudável do mundo. Lá joguei futebol, bente altas, finca, brinquei de pique esconde e mãe da rua.

Lá aprendi a ganhar, perder e conviver. Descobri o valor da amizade e cantei, sem nunca ter ouvido, o refrão que o Gonzaguinha ainda nem tinha escrito: E a vida? É bonita, é bonita e é bonita...

E é bom esclarecer que não nasci ou cresci num bairro zona sul. Minha rua era a Mendes de Oliveira, no Santo André. Meu quintal era a Pedreira Prado Lopes. Quem conhece BH sabe do que estou falando...

“A paz é fruto da justiça”, diz o lema da Campanha. E eu pergunto. É justo e nos dará paz erguer muros cada vez mais altos, cercas elétricas cada vez mais extensas, alarmes cada vez mais sofisticados?

A paz virá com mais polícia na rua, mais gente na cadeia, pena de morte, prisão perpétua, redução da maioridade penal?

De onde virá a paz, a segurança que buscamos? Estamos condenados a essa paranóia de medo, pavor, desconfiança? Somos tão fracassados assim, como espécie, como civilização?

No Colégio Imaculada, onde trabalho, iniciamos um projeto que quer envolver toda a Escola, na verdade toda a comunidade educativa, incluindo famílias e ex alunos: 

“Por uma cultura de Paz - Um outro mundo possível”.

O objetivo é desenvolver atividades diversas visando à discussão do tema “Segurança”, em seus vários aspectos, respeitando as características de cada faixa etária, pensando soluções e buscando um AGIR coerente e conseqüente com os valores e princípios do “Nosso Modo Próprio de Educar”. 

Mas o objetivo maior, lá na frente, é levar a uma transformação desta cultura de medo, uma mudança de comportamento, sem ingenuidade ou terrorismo. Pois educar também é isso: denunciar o Mal descartável, anunciar o Bem desejável, mudar atitudes e comportamentos. 

Afinal, entre o medo global e a paz essencial, um outro mundo tem que ser possível.

E você, o que pode fazer?

Eduardo Machado

O QUE É EROS

O que é Eros?

Conceitos apresentado pelo autor:
Eros:
· Nos dias de hoje é considerado sinônimo de erotismo e excitação.
· Portanto não se dá conta de que todos esqueceram que eros segundo autoridade da importancia de um Santo Agostinho, é a força que impele o homem para Deus.
· Segundo o autor Eros é uma divindade, onde criou a vida na terra, onde essa divindade incorpora o sexo criando a humanidade com um sopro do espírito da vida, fazendo desse sopro o homem e a mulher com o “sopro de suas narinas das formas de barro do homem lhe deu o espírito da vida”. A partir daí Eros é caracterizado como doador do espírito vital, em contrário com a função sexual como válvula de escape de tensão. Segundo a mitologia grega Eros era um dos Deuses originais. Para Joseph Campbell, apesar de escondido eros é sempre o criador da vida.

Sexo e eros:

· Sexo e eros para o autor tem conotações distintas e diferentes, enquanto o sexo é fisiológico e físico onde é entendido como excitação das tensões fisiológicas e sua satisfação (física) ao contrario de eros que que é definido pelo desejo ardente, ansia, aspiração de amar, que muitas vezes é caracterizada por uma sensualidade.
· Os latinos não se preocupava com o sexo e sim a preocupação era o Amor.

Sexo como termo Zoológico

· Todos os latinos conhecem o termo eros, mas ninguem ouviu associando eros com o sexo, Existe conotações diferentes com relação a termos associados ao sexo, philon, palavra derivada do termos zoológico, diferentemente do termo philia que significa amor no sentido de amizade.
· Sexo é um termo zoológico, aplicados a todos os animais e seres humanos. Um zoólogo estuda comportamento sexual do homem do ponto de vista zoológico enquanto um Ginecologista estuda sexo com ponto de vista dos orgãos sexuais e a maneira de manipular, entendemos que sexo é um padrão das funções neuro-fisiológicas e o problema sexual consiste na utilidade com os orgãos sexuais.

Eros e Sexo:

· Eros de uma outra forma se torrna algo imaginário onde supera todas as tecnicas não valorizando as tecnicas e os livros, pois enfatiza amar em vez de manipular órgãos.

Novos dados e conceitos sobre o eros:

· Eros é a força que nos atrai, onde o eros nos atrai na dianteira e o sexo da retaguarda.
· Eros é aquilo que faz nos atraí com aquilo que pertencemos, as pessoas sgnificativas do mundo em relação a quem descobrimos nossa auto-realização.
· Eros é a ânsia que leva o homem em busca da areté (uma existencia boa e nobre)

Sexo e (Fisiologia/Zoologia)

· Sexo é um relacionamento relacionado com a busca do alívio prazeroro e satisfatório. Mas o eros não busca esta satisfação e sim o cultivo, procriação e formação do mundo. Sexo é uma necessidade, mas o eros é um desejo e esta mistura complica o amor. Porque o sexo e o eros tem essencias diferentes onde um busca a realização no sentido fisiológico e zoológico que é o orgasmo o eros tem sua essencia a busca da união com o outro em alegria e paixão. No sexo após o alívio a tendencia é adormecer enquanto no eros, o objetivo é totalmente oposto, é ficar despertos, pensando no amado, entrando no mundo do outro constantemente algo transcendente.
· O eros não necessita de estar junto a alguem, mas deve estar unido ao seu ideal, por exemplo o pensador deve estar animado pelo verdadeiro eros, somente isso basta.
· Eros não é relacionamento de duas experiencias individuais mas é fruto da união genuína, compreensão do isolamento e separação física.

Relação entre orgasmo, prolongamento e encantamento 

· Somos conduzidos a produzir modelos economicos e biológicos, pensando que a finalidade do ato amoroso é o orgasmo, mas a finalidade não é o fim, e sim o prolongamento e nesse prolongamento parte para o novo começo porque nada é como antes e este começo é encantador, entendemos que o eros é infinito e perene e faz presente em nossas vidas.

Relação do Eros e sexo com os antigos

· Os antigos fizeram de Eros uma divindade demoníaca onde somos direcionados a transcender, essa transcendencia é vista pelos antigos fundamentado no sexo como uma função normal do corpo, simplesmente não viram a necessidade de transformá-lo em um deus, pois os antigos simbolizavam o eros como um deus partindo da necessidade de responder seus anseios experimentais, e a satisfação pode ocorrer através da experiencia. O eros atraí o homem para onde esta este eros pois o homem busca incessantemente este eros.

Eros como respostas as inquietações do homem


· O eros pode ser entendido como responsável ás inquietações da humanidade, pois responde a certos anseios internos, como: a inimizade, incompreensão, o diferente e o impossível, que essas características são fascinantes para o eros de onde se manifesta na humanidade para harmonizar e dar sentido e valor, colocando em órbita e tirar toda e qualquer barreira.
Eros em Platão

· Eros não é um deus no sentido de superioridade, mas sim algo que une todas as coisas, todos os homem e o poder de formar e dar ligação entre elas.
· Eros é um deus ou demiurgo
· Eros é o impulso do homem em unir com outra pessoa mas não somente na questão sexual mas em outras modalidades também, percebemo que o eros age na aproximação das pessoas, animais independente do sexo, classe social, natureza, aliás sem preconceitos.
· Eros é o elemento da união por excelencia 
· Eros impele para auto realizaçao, não uma realizaçãoa pessoal, mas uma verdade interna sobre a limitação do homem.

Relação do eros com a psicoterapia

· Pois para Sócrates o eros é o melhor auxiliar que a natureza pode encontrar. Este eros quer a evolução do homem sem preconceito e distanciamento com a sua natureza e o desejo deste eros é a aproximação do homem com a natureza de forma correta e justa, que o homem interior e exterior seja um só. Que a materialidade não seja algo predominante na sociedade que o sábio seja rico, não estamos falando de riquieza material e sim riqueza espiritual.

“Amado Pan, e todos os outros deuses que habitam neste local, dêem-me beleza n íntimo da alma; e que o homem interior e exterior seja um só. Que eu reconheça que o sábio é rico, e que eu possua somente a quantidade de ouro que um homem moderado possa carregar”



Diante do exposto pelo autor, percebemos uma certa dificuldade de compreenção pela sociedade dos termos eros, prazer, corpo, interioridade.
Entendemos que o Eros é quem aproxima-nos de Deus, algo que mantêm a ordem das coisas, que estavam desordenada, esse valor deve ser entendido como algo substancial a união das coisas, pessoas, animais, que consequentemente transcende, isso é de fundamental importância nos dias de hoje que vemos que o homem é totalmente materialista e termos eros que hoje é entendido como erotimos, sexo, vemos no texto acima que existe uma distorção do verdadeiro sentido das palavras e idéias, e um grande fator que favorece para o esclarecimento é o contato com o conhecimento, que muitas vezes não é entendido pela sociedade que voloriza a mídia em geral que transmite valores distorcidos do real, que consequentemente é aceito como verdade.
Os conceito de Eros deve ser entendido como uma força que emana para o amor, ordem, olhando para si, como a relação do homem exterior com o homem interior, esse conceitos entendidos corretamente compreendemos qual a finalidade do eros, sexo e o prazer. Temos esses conceitos totalmente materializados pela cultura atual, onde como professores e educadores temos a missão de preparar a sociedade para que não caia em um abismo conceitual do amor, que seja o verdadeiro eros que posso comandar a nossa vida e nossa natureza e o falso eros seja banido de nossa cultura. O prazer é o fruto do desejo do homem que coloca e deixa o eros agir em nossa vida, o prazer sem amor é mecanico e totalmente zoológico e fisiológico, aí o eros não se faz presente.

Reflexão sobre o texto “QUE É EROS” May, Rollo. Eros e Repressão – Vozes, 1973 – Pags. 79/89
Jorge Rodrigues de Souza
Aluno do curso de Filosofia

Quando o homem para de pulsar

Quando o homem para de pulsar

Ao falar de neuroses em O Caráter Impulsivo, Wilhelm Reich investigou as causas de uma aparente predisposição à infelicidade

Regina Schöpke




O psiquiatra e psicanalista austríaco Wilhelm Reich (1897- 1957) foi injustamente acusado de muitas coisas, dentre elas, de ser um utópico que desejava acabar com o desprazer do mundo. Mas Reich, que foi (segundo pensamos) o discípulo mais genial de Freud, exatamente por ter rompido com ele e levado ainda mais longe a busca pela compreensão da "doença humana" (nesse ponto, é preciso concordar com Nietzsche quando ele diz que o verdadeiro discípulo só faz jus ao seu mestre quando o ultrapassa, quando joga o dardo mais longe), tinha perfeita consciência de que não há prazer e alegria de viver "sem lutas, sem experiências dolorosas e embates desagradáveis consigo mesmo", de modo que sua questão era exatamente o contrário. 

Reich, é claro, queria devolver ao homem a capacidade perdida (já na infância) de pulsar, de sentir prazer real, pois sabia bem que a educação tradicional produz um homem que foge tão continuamente da dor que termina por se "encouraçar" também para as alegrias, já que uma não existe sem a outra. Então, não se trata de acabar com as dores do mundo, mas de estar vivo o suficiente para não endurecer. Como diz Reich, "a capacidade de suportar o desprazer e a dor sem se tornar amargurado e sem se refugiar na rigidez anda de mãos dadas com a capacidade de aceitar a felicidade e dar amor".

A doença começa (em todos os sentidos e em todos os indivíduos) quando o homem para de pulsar, de sentir, de viver intensamente, isso é ser "encouraçado". Mas Nietzsche diria que esse é o homem em geral (eis por que era necessário ultrapassá-lo, inventar um novo homem). Reich, que conhecia bem Nietzsche, e também Bergson (a quem admirava pela sua ideia da energia vital), reconhecia a extensão da doença humana e, por isso mesmo, não soava mal para ele a afirmação nietzschiana de que "o homem é um animal doente". Para Reich, tanto quanto para Nietzsche, esse adoecimento tem um fundo social e cultural, ou seja, faz parte de um atavismo milenar que termina por produzir homens fracos, cindidos, impotentes.

É fato que a psicanálise trouxe inicialmente uma espécie de euforia para os meios intelectuais, ajudando a derrubar, com o avanço dos estudos acerca do inconsciente, o mito da razão soberana (já tão atacada por Nietzsche). Mas apesar de Reich concordar com várias concepções da psicanálise, ele sente que ela permanece numa esfera demasiado intelectual para dar conta das conexões mais sutis entre o corpo e a mente, e isso já pode ser sentido mesmo em sua fase psicanalítica, como podemos observar pela leitura da obra O Caráter Impulsivo.

Percebendo que não se tratava apenas de buscar a cura (ou a melhora) de psicóticos, neuróticos ou esquizofrênicos, mas de entender a extensão e as causas da aparente predisposição do homem para a infelicidade, Reich vai em busca da gênese das neuroses a fim de explicar a generalização da doença humana, ou seja, esse estado de fraqueza e apatia mórbidas e socialmente cultivadas, em que os seres humanos, em vez de crescerem e enfrentarem a vida como adultos, permanecem como crianças, imaturos do ponto de vista emocional e afetivo (aquilo que Federico Fellini chamou tão bem de "bezerrões", já que não conseguem parar de "mamar" e de correr atrás da mamãe). Em certos casos, pode-se dizer que alguns nem conseguiram sair inteiramente do útero, continuando presos por um cordão umbilical virtual. Não é sem razão que a humanidade parece estar sempre à espera de salvadores, mestres e pastores que lhe ensinem a viver; e, num nível ainda mais corriqueiro e estimulado pela própria sociedade, vemos os homens buscando na "esposa ideal" o modelo da "mamãe" passiva e resignada.

E esse é apenas um dos exemplos de relações adoecidas, pois - como mostra Reich - o resultado de um mau desenvolvimento da libido e da afetividade termina por gerar distúrbios de toda a ordem: mulheres que buscam o pai ou mesmo a mãe nas suas relações, homens que buscam metaforicamente "mulheres de pênis", etc., sem contar as inúmeras perversões sexuais, transtornos de agressividade e uma moral compulsiva que acompanham a má formação da libido. Há quem julgue essas ideias sujas e perversas, mas o que Reich chama de "resignação neurótica" parece explicar muito melhor o niilismo humano e a falta de coragem para viver do que o mito maniqueísta da religião. Além do mais, sujo e pervertido é manter relações falsas e viver traindo a quem se diz amar e respeitar. Antes mesmo de criar a sua "Análise do caráter" - e, posteriormente, a sua "Orgonoterapia" -, Reich nos mostra que as pulsões não podem ser suprimidas, mas apenas sublimadas ou deslocadas, e é por isso que o papel da educação se torna tão vital.

É verdade que Reich acreditava no amor e na felicidade, e também numa sexualidade saudável (uma razão a mais para ser chamado de maluco e pornográfico num mundo tão cheio de perversões e ódios). Mas ele não era utópico. Ele sabia que a vida é feita de altos e baixos, de alegrias e tristezas, mas também sabia que aquele que se mantém vivo e pleno, pulsante e vibrante, será capaz de não endurecer, de não perder o élan, o vigor, a alegria de viver, até o fim. Para Reich, nada é mais equivocado, em Freud, do que a idéia da pulsão de morte como uma pulsão primária. A pulsão de morte é, ao contrário, a própria doença humana, o niilismo que Nietzsche tanto atacou. Viver é pulsar, é rir e chorar, é sofrer e ter prazer, e é sobretudo querer estar "aqui" e gozar até o fim o privilégio de ser, ser consigo mesmo e com os outros, de um modo pleno, profundo, ativo, real. Ser feliz é viver fora da farsa, da inautêntica existência que nos transforma em atores de nossa própria vida. Ser feliz é simplesmente deixar o palco para viver de verdade. 

Regina Schöpke, filósofa e historiadora, é autora de, entre outros livros, Por Uma Filosofia da Diferença (Contraponto)



O Caráter Impulsivo
Wilhelm Reich
Tradução de Maya Hantower
Martins Fontes, 120 págs., 

A FELICIDADE GERA PRODUTIVIDADE

A FELICIDADE  GERA  A PRODUTIVIDADE

Hoje vou responder a uma pergunta de um ex aluno meu de administração sobre como aumentar a produtividade da equipe dele.

Vou chamar este jovem de Carlos.

“Prezado Carlos,

Minha primeira pergunta é – Sua equipe está Feliz?”

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Observando esta pergunta bem que parece ser uma preocupação sem sentido num primeiro momento, principalmente em tempos de turbulência onde as empresas primam tanto pelos resultados imediatos, otimização dos recursos, controle de custos, monitoramento dos KPI (indicadores de performance), implementação de sistemas de melhoria etc..

Parece que  esta minha pergunta sobre o estado da felicidade da equipe não tem sentido.

Pois bem para Carlos tem sim e muito!!!

Quando conversamos com pessoas eficazes (como no caso dele), notamos um ponto em comum em todas elas. É o estado de espírito e motivação envolvida.

Nossos frutos são resultados daquilo que acreditamos.

O salário ajuda sim, é verdade,  mais ele não resolve as questões mais interiores, as insatisfações e aborrecimentos do dia a dia.

Quando acreditamos produzimos...

Produzimos especialmente, quando nos sentimos parte do meio.

Produzimos muito, quando somos envolvidos nos desafios e temos metas bem claras.

Produzimos mais ainda ,quando reconhecem nosso talento e capacidade, seja numa promoção, num bilhete bem escrito, durante uma reunião etc.

Produzimos sem medidas ,quando a liderança nos apóia, incentiva e valoriza o que foi feito.

Temos frutos mais maduros, quando somos orientados e ouvidos com a atenção merecida.

Nossos frutos vão mais longe ,quando nosso  líder é humilde o bastante para assumir os erros que faz, e aceita que outros também errem, e nos defende sempre que  necessário.

Produzimos e defendemos o que acreditamos, quando a liderança da o exemplo mostrado e não apenas falado.

Observando Carlos, com uma equipe e liderança com frutos. Nós os veremos que vão longe, caminhando a passos largos e enfrentando as dificuldades de cabeça erguida!!

 No fundo este meu amigo (Carlos) concorda que se resumem em gente, pessoas que querem ter o prazer de ir trabalhar e voltar para casa com perspectiva de um futuro melhor e um sorriso no rosto.

Meu conselho para você: “Procure conhecer tua equipe e ouça-os mais vezes e rápido, permita-os pronunciar e que critiquem teus projetos, sejam honestos contigo, apontem as fraquezas da tua gestão e que eles sejam parte importantes nas decisões de teu trabalho”.

Isto fará com que todos sejam mais fortes.

Isto reduzira em muito os ruídos as conversas paralelas, insegurança e incertezas.

Enfim o produto final será mais do que um grupo, e sim uma equipe Comprometida, Madura, Forte e Feliz!!

Saiba  que gente Forte e Feliz produz  Boa medida, recalcada, sacudida e transbordante.

Uma boa semana!!

Evans  Nelson Aprígio 
Gestor e Professor de Comércio Internacional 
Docente do Haggai Institute Singapore

Equilibrio!!!

Mais uma vez quero ressaltar a importância do controle dos juros que você está pagando. Digo isto pois no início de 2008 tínhamos uma expectativa de que os juros estariam mais baixos no final do ano. 

Já imagino a sua reposta, estou recebendo pouco. Já que a maioria da população está recebendo “pouco”, eu pergunto: Qual é o salário ideal? R$ 465,00 é um bom salário? É o salário mínimo de grande parte da população brasileira. R$ 500,00, R$ 1.000,00, R$ 5.000,00, R$ 10.000,00 ou mais. Qual é o salário ideal? 

 

Sempre pergunto isto em minhas palestras e chegamos a conclusão que não existe salário ideal. Quanto mais se ganha, mais se gasta. Vamos fazer uma pequena simulação: Imagine que você receba hoje a notícia que no próximo mês seu salário virá com 20% de aumento. Quem vai guardar pelo menos 10% do aumento para uma reserva no futuro? Tem gente que vai no shopping para comprar uma blusinha e pagar com cheque pré ou cartão de crédito usando já o aumento. Tem gente que vai ligar para o “Bem, Amor, Querida, etc.” e dizer pode comprar aquilo que você queria. Dá um cheque para 30 dias pois vou receber aumento. 

Queridos, ganhar mais todo mundo deve querer, melhorar os rendimentos mensais, promoção, etc., porém se você não está sabendo gastar o seu dinheiro hoje, passa a ganhar mais amanha e continua no vermelho. 

 

Pesquisa sobre orçamento pessoal e familiar do IBGE informa que 85% da população brasileira gasta mais do que ganha todo mês. Será que vive feliz quem está com dívidas? Vive feliz quem mostra roupa da moda, carro do ano, freqüenta os melhores restaurantes e está com o cheque especial todo utilizado, ou talvez nem dormindo por conta das dívidas. 

 

Temos sofrido de todos os lados a pressão pelo consumismo. Compre, Compre, Compre, Este é bem melhor, É lançamento, Mais fashion, Mais STATUS. 

 

Cuidado pois vejo que a maioria dos problemas financeiros são causados por impulsos, compras sem necessidade, gastos sem planejamento. Existe uma falta de Educação Financeira Pessoal que ao unir-se com as imensas possibilidades de crédito existentes na praça possibilitam a pessoa gastar muitas vezes mais do que ela ganha todo mês. 

 

A primeira orientação que passo para você controlar os seus gastos e você cuidar de todo o dinheiro que sai do seu bolso. Existem dois tipos de gastos que realizamos e por conseqüência dois tipos de dívidas.  

 

A primeira é a compra ou a dívida NECESSÁRIA. A Segunda e a compra ou a dívida DESEJADA. 70% de tudo que você compra na sua vida é desejo, é ai que existe muita margem para se controlar as finanças pessoais. Faça sempre a pergunta na hora do gasto É Necessidade ou É Desejo. 

 

Não quero de maneira nenhuma que você se torne um sovina, Pão-duro, Mão de Vaca, etc. Você merece conquistar todos os seus desejos, contudo pela minha experiência vejo que tem muita gente endividada por puro desejo. È muito duro dizer isto mais é verdade. Exemplo: Comer fora de casa é necessidade ou é desejo? Se é desejo e cabe no orçamento tudo bem, faça bom proveito no restaurante, mais e se você não tem o dinheiro talvez seja melhor você comer uma pizza em casa, ou ainda fazer uma comida. Dá trabalho suja as vasilhas mais não causa estrago no bolso. 

 

A roupa nova é Necessidade ou Desejo? Se é desejo porque não ajuntar o dinheiro e comprar no próximo mês. Isto é você gastar apenas o dinheiro que você tem. 

 

A maioria das vezes nossos sonhos de consumo são maiores do que a nossa realidade financeira. Isto não está errado, você deve buscar sempre melhorar e ser abençoado com estes sonhos, mais talvez não chegou a hora de você ter seu apto. de 4 quartos na Zona Sul, você pode comprar um apto menor ou talvez em outro bairro. 

 

Deus quer acima de tudo que sejamos equilibrados. Eu creio que tudo que foi criado carros, casas, shoppings, restaurantes, etc. é para ser mesmo usado, contudo temos o limite que é quanto ganhamos.   

 

Um grande “Cupim” que tem corroído o orçamento de muitas famílias é o pagamento de juros. Não se come juros, bebe juros, dirige juros, assiste juros ou viaja juros. Então por que se paga tantos juros? Se você está pagando juros todo mês a bancos, financeiras e lojas e não está fazendo falta para você eu lhe oriento para direcionar estes juros para sua igreja ou para uma obra social. Os bancos estão batendo recordes de lucratividade devido ao valor que recebem de juros pagos pelas pessoas, empresas e principalmente o nosso governo que gasta mal e está todo endividado. Você que está com problemas financeiros, pare, pense formas de eliminar o pagamento de juros do seu orçamento. 

 

Dívidas o que fazer para acabar com elas? Orar a Deus e pedir um milagre? Orar sempre é necessário, contudo você deve fazer a sua parte. Tem gente que tem dívida e diz assim: “Eu não quero nem saber o total das minhas dividas”. Quem não quer nem saber, nunca vai pagar. As dívidas devem ser relacionadas em um papel para que se tenha o montante total e depois você buscar classificar qual dívida você deve pagar primeiro. Com qual recurso vai fazer isto? Empréstimo por exemplo não é solução para dívidas. Empréstimo é outra dívida e a primeira coisa que se deve fazer quando vai se contrair um empréstimo é olhar se a prestação cabe no orçamento. Não adianta pegar um empréstimo e daqui a 30 dias não ter como pagar. A dívida deve ser eliminada da mesma forma que ela foi construída. Na maioria das vezes aos poucos mais com planejamento e orando a Deus que não deixe você fazer dívidas novamente.

 

Vou passar uma orientação para você se tornar um investidor. Investidor é todo aquele que possui uma sobra no orçamento, não apenas o rico e poderoso. Você que nunca guardou dinheiro, comece com um cofrinho. Isto mesmo um cofrinho. Antes os bancos davam para que as crianças começassem a poupar, hoje os bancos fornecem cartões para que desde cedo eles comecem a gastar. 

 

Passe orientação financeira para os seus filhos que estão sofrendo a grande influência do consumismo. Explique o que é necessidade ou desejo o que cabe no orçamento ou não.

 

 Dica muito importante: Quem você deve pagar primeiro no dia que recebe o pagamento?  As contas, as Dívidas, Bancos? Pague primeiro aquela pessoa que trabalhou 30 dias para receber o salário. Dê um presente a você mesmo. Compre uma Coca-Cola, uma pizza, uma blusa, um jantar, etc. qualquer coisa que possa premiar e recompensar os seus trabalhos. Mais compre a vista é claro.

 

 Quando começar a guardar dinheiro? Guardar dinheiro é no dia que se recebe o pagamento. Quem espera o dinheiro sobrar no final do mês para guardar acaba não guardando, pois, acaba faltando dinheiro ao invés de sobrar.

 

 O meu objetivo é que todos possam viver em paz com seu dinheiro!

 Erasmo Vieira

Palestrante e Consultor de Finanças Pessoais

domingo, 26 de abril de 2009

Ensaio de Filosofia

Blog criado para divulgação de idéias e temas nas áreas do pensamento humano.